O que é e como funciona o Financiamento de Veículos?
O financiamento de veículos é a modalidade de crédito mais utilizada no Brasil para a compra de carros e motos, sejam eles novos ou usados. Através dele, uma instituição financeira (banco, financeira ou até mesmo o "banco da montadora") paga o valor total do veículo à vista para a loja ou vendedor, e você assume uma dívida com essa instituição, que será paga em parcelas mensais com acréscimo de juros.
A forma mais comum deste financiamento é o CDC (Crédito Direto ao Consumidor). Mas o que significa CDC na prática? Significa que, desde o início, o documento do veículo (CRLV) já sai no seu nome. No entanto, no campo de observações, constará uma anotação de "alienação fiduciária". Isso quer dizer que, apesar de você usar o carro, ele está "alienado" (dado como garantia) ao banco. Apenas após a quitação da última parcela é que essa anotação é retirada e o veículo se torna 100% seu.
Uma das perguntas mais pesquisadas é: "Precisa dar entrada para financiar um veículo?". Na grande maioria dos casos, sim. Embora existam raras promoções de "financiamento 100%", o mais comum é que os bancos exijam uma entrada de, no mínimo, 10% a 20% do valor do carro. Quanto maior a entrada, menores serão a taxa de juros e o valor das parcelas, tornando o negócio mais vantajoso.
Outra dúvida crucial é "qual score é bom para financiamento de veículo?". Um score considerado bom geralmente está acima de 700 pontos. Um score nesta faixa sinaliza aos bancos que você é um bom pagador, o que facilita a aprovação do crédito e, principalmente, a obtenção de taxas de juros mais baixas. Scores abaixo de 500 podem encontrar grande dificuldade na aprovação.
E "quantas vezes posso financiar um veículo?". Normalmente, os prazos variam de 12 a 60 meses. É importante lembrar que, quanto maior o prazo, menor a parcela, mas maior será o montante de juros pagos ao final do contrato.
Muitos também se perguntam se é possível "financiar um veículo com o nome sujo (negativado)?". É extremamente difícil. Como o principal critério para a aprovação é a análise de crédito do comprador, ter restrições no CPF é um impeditivo na maioria das instituições financeiras.
Por fim, ao assinar o contrato, você verá o Custo Efetivo Total (CET). Esse é o verdadeiro custo do seu financiamento, incluindo a taxa de juros, o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), a Tarifa de Cadastro e outras taxas administrativas. Comparar o CET, e não apenas a taxa de juros, é a única forma de saber qual financiamento é realmente mais barato.
📞 Telefone: (16) 3610-5484
📲 WhatsApp: (16) 3610-5484 (Clique para iniciar a conversa)
📍 Endereço: Rua Visconde do Rio Branco, 961. Centro
Ribeirão Preto - SP
Saiba o que fazer se as parcelas atrasarem e como identificar taxas ilegais no seu contrato.
O medo de ver o oficial de justiça levando o carro da sua garagem é real e assombra milhares de brasileiros. Mas o conhecimento é sua maior arma de defesa. Entenda como se proteger.
Cenário 1: "Atrasei as parcelas. E agora?"
O desespero é o pior conselheiro. A partir do primeiro dia de atraso, o banco já pode cobrar multas e juros. A partir da terceira parcela em atraso, a maioria das instituições inicia o procedimento para tomar o seu bem.
O que o banco fará? Ele enviará uma notificação extrajudicial e, em seguida, entrará com uma Ação de Busca e Apreensão. Com a liminar aprovada por um juiz (o que é rápido), um oficial de justiça é autorizado a procurar e apreender o seu veículo onde quer que ele esteja.
O que fazer imediatamente?
Não se esconda: Tente uma negociação amigável com o banco o mais rápido possível. Muitas vezes, é possível renegociar a dívida ou emitir um boleto atualizado.
Leia a notificação: Se receber uma notificação do cartório ou um comunicado sobre o processo, não a ignore. Ela contém prazos cruciais.
Não entregue o veículo amigavelmente: A "entrega amigável" pode parecer uma boa saída, mas muitas vezes não quita a dívida. O banco leiloa o carro por um valor baixo e você ainda pode ficar devendo a diferença.
Dica de Ouro do Advogado: Após a apreensão do veículo, você tem um prazo legal curtíssimo (geralmente 5 dias) para pagar a integralidade da dívida (todas as parcelas vencidas e a vencer) para reaver o bem. Além disso, existe um prazo de 15 dias para apresentar sua defesa no processo. Agir com um advogado dentro desses prazos é a única chance de reverter a situação.
Cenário 2: "Acho que estou pagando juros abusivos. Como confirmo?"
Juros abusivos são aqueles que estão muito acima da taxa média de mercado divulgada pelo Banco Central para operações de financiamento de veículos na época em que você assinou o contrato.
Como identificar a armadilha?
Taxa de juros: Compare a taxa do seu contrato com a média histórica do Banco Central. Diferenças exorbitantes são um forte indício.
"Venda Casada": Verifique se no seu contrato de financiamento não embutiram um seguro prestamista (seguro contra desemprego/invalidez) ou um título de capitalização sem que você pedisse. Condicionar o financiamento a isso é uma prática ilegal.
Tarifas Ilegais: Fique atento a cobranças como "Taxa de Abertura de Crédito (TAC)", "Tarifa de Emissão de Carnê (TEC)" ou "Serviços de Terceiros" sem a devida especificação. A justiça tem considerado muitas dessas tarifas como abusivas.
O que fazer se suspeitar? A única forma de ter certeza é através de uma Ação Revisional de Contrato. Um especialista irá realizar um cálculo pericial para identificar todas as ilegalidades e o valor que foi pago indevidamente.
Dica de Ouro do Advogado: Guarde uma cópia do seu contrato de financiamento, o CRLV do veículo e todos os comprovantes de pagamento. Uma ação revisional pode não apenas reduzir drasticamente o valor das suas parcelas futuras, mas também garantir a devolução em dobro dos valores pagos indevidamente por taxas ilegais.
Ação Recomendada: Seja para se defender de uma busca e apreensão ou para lutar contra juros abusivos, a assessoria jurídica especializada é fundamental. O tempo e a informação correta definem o resultado.
Resposta Rápida: Não há um número mágico, mas um score acima de 700 pontos é considerado ideal. Pontuações nessa faixa aumentam drasticamente suas chances de aprovação e garantem acesso a taxas de juros mais baixas.
Como Funciona: Bancos e financeiras usam o score de crédito como um termômetro do seu risco de inadimplência. Scores abaixo de 500 são vistos como de alto risco, resultando em recusas ou na aprovação de crédito com juros exorbitantes.
O que fazer para melhorar: Pague todas as suas contas em dia, renegocie dívidas antigas e mantenha seu nome limpo. Atualizar seus dados cadastrais em serviços como o Serasa também pode ajudar a aumentar sua pontuação.
Ação Recomendada: Antes de solicitar o financiamento, consulte seu score gratuitamente. Se ele estiver baixo, trabalhe para melhorá-lo antes de submeter seu CPF a múltiplas análises de crédito, o que pode prejudicar ainda mais sua pontuação.
Resposta Rápida: Legalmente, a partir de uma única parcela em atraso. Embora a maioria dos bancos espere acumular três parcelas para iniciar o processo judicial, a lei (Decreto-Lei 911/69) permite que o banco ingresse com a Ação de Busca e Apreensão logo após o primeiro vencimento não pago.
O Risco Real: Não se engane, o processo é extremamente rápido. Uma vez que o juiz assina a liminar, um oficial de justiça pode apreender seu veículo a qualquer momento, em qualquer lugar – na sua casa, no trabalho ou na rua.
O que fazer: A pior atitude é esperar. Atrasou a primeira parcela e sabe que não conseguirá pagar a próxima? Inicie imediatamente uma tentativa de renegociação da dívida com o banco.
Ação Recomendada: Se você já recebeu uma notificação ou teme que a ação de busca e apreensão seja iminente, o tempo é crucial. Clique aqui e entenda como uma defesa especializada pode suspender a apreensão e proteger seu bem.
Resposta Rápida: Sim, vale a pena se houver cobrança de juros abusivos ou taxas ilegais. Uma ação revisional pode reduzir significativamente o valor da sua parcela e da sua dívida total, além de poder gerar a devolução de valores pagos indevidamente.
Quando suspeitar: Se a taxa de juros do seu contrato for muito superior à média de mercado divulgada pelo Banco Central na época da assinatura, ou se existirem cobranças como "Tarifa de Cadastro" (TC) com valor exorbitante, "Serviços de Terceiros" ou "venda casada" de seguros.
Como Funciona: Um perito contábil analisa seu contrato para identificar todas as ilegalidades. Com base nesse laudo, um advogado entra com a ação judicial pedindo a revisão do contrato e a aplicação das taxas corretas.
Ação Recomendada: A análise contratual é o primeiro passo. Somente um profissional pode afirmar com certeza se o seu caso é viável. Envie seu contrato para nossa análise preliminar e descubra se você está pagando mais do que deveria.
Resposta Rápida: Sim, mas é obrigatória a aprovação formal do banco. Tentar passar o financiamento para frente através de um "contrato de gaveta" é extremamente arriscado e ilegal perante a instituição financeira.
O Processo Correto: A transferência, chamada de cessão de direitos, exige que o novo comprador passe por uma análise de crédito completa no banco. Se aprovado, um novo contrato é emitido em nome dele, e você fica livre de qualquer responsabilidade.
O Perigo do "Contrato de Gaveta": Se você vende o carro com um contrato particular e o comprador deixa de pagar as parcelas, a dívida continua no seu nome. É o seu CPF que será negativado e é você quem sofrerá a ação de busca e apreensão.
Ação Recomendada: Jamais entregue o veículo sem formalizar a transferência junto ao banco. Se encontrar dificuldades ou burocracia excessiva, uma assessoria jurídica pode auxiliar na intermediação e garantir que o procedimento seja feito com total segurança.
Resposta Rápida: O banco tem a obrigação de comunicar a quitação ao Detran automaticamente. Após o pagamento da última parcela, a instituição financeira deve, em um prazo de até 10 dias, informar eletronicamente ao Sistema Nacional de Gravames (SNG) sobre o fim da dívida.
O que fazer: Após alguns dias da quitação, consulte a situação do seu veículo no site do Detran do seu estado. A restrição de "alienação fiduciária" deve ter desaparecido. Com isso, você poderá emitir um novo CRLV (documento do veículo) sem essa anotação.
E se o banco não der baixa? Se o prazo passou e a restrição continua no documento, impedindo você de vender o veículo, por exemplo, o banco está falhando em sua obrigação.
Ação Recomendada: Entre em contato formalmente com o banco exigindo a baixa do gravame. Se a situação não for resolvida, cabe uma ação judicial para obrigar a instituição a fazê-lo, podendo inclusive gerar indenização por danos morais caso você tenha sofrido algum prejuízo comprovado pela demora. Se o banco está dificultando a liberação do seu documento, fale conosco.