Ribeirão Preto é uma cidade cuja trajetória reflete a junção harmoniosa entre tradição e modernidade. Do ciclo do café às transformações urbanas e culturais, a cidade se consolidou como um polo de desenvolvimento e inovação, mantendo sempre viva a memória de suas origens. Nesse contexto pulsante, o escritório Vicentini & Advogados surge, fundado em 1993, como um verdadeiro parceiro do progresso local.
Localizado no coração de Ribeirão Preto, o escritório está estrategicamente situado próximo a pontos icônicos, como o Quarteirão Paulista e o Palácio do Rio Branco, marcos que simbolizam a riqueza histórica e a evolução da cidade. Essa proximidade não apenas reforça sua identidade enraizada na cultura regional, mas também destaca a sintonia entre o crescimento urbano e a excelência na prestação de serviços jurídicos.
Ao longo dos anos, assim como Ribeirão Preto se reinventou e se adaptou às demandas de um mundo em constante mudança, a Vicentini & Advogados tem se destacado pela capacidade de oferecer soluções jurídicas inovadoras e eficazes, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e para a promoção da justiça com comprometimento e profissionalismo.
Ribeirão Preto começou a tomar forma em 1845, quando José Mateus dos Reis, dono da Fazenda das Palmeiras, doou terras para a construção de uma capela dedicada a São Sebastião das Palmeiras. Essa doação, avaliada em 40 mil réis, foi acompanhada de contribuições adicionais de outros proprietários de terras, como José Alves da Silva, Miguel Bezerra dos Reis, Antônio Bezerra Cavalcanti, entre outros. Essas terras formaram o patrimônio inicial da futura cidade. Além dos doadores, figuras como Bernardo Alves Pereira e Padre Geremias José Nogueira também são lembrados por seu papel no progresso de Ribeirão Preto.
Legenda: Gado da Fazenda São Sebastião, de propriedade do Cel. Antônio Vicente de Ferraz Sampaio
Data: 1911
Fotógrafo: Antônio Vicente de Ferraz Sampaio
(Revista Brazil Magazine, 1911)
A área onde hoje se localizam as cidades de Ribeirão Preto, São Simão, Batatais e Cajuru era originalmente habitada pelos índios Caiapós, uma tribo indígena pertencente ao grupo linguístico Jê, conhecidos como Tapuias pelos índios Tupis do litoral.
Em meio às vastas florestas e campos, os Caiapós viviam dispersos em aldeias, onde cultivavam pequenas plantações de milho e mandioca. Como um grupo semi-nômade, eles também dependiam da caça, pesca e coleta de mel e frutas nativas, como jabuticaba, araçá e maracujá.
Os Caiapós fabricavam utensílios de trabalho e objetos de cerâmica, como as igaçabas (urnas funerárias), nas quais enterravam seus mortos. Cada membro da tribo possuía seus próprios instrumentos de caça (arco e flecha), mas as terras e plantações eram de propriedade coletiva. Os homens desbravavam o mato, preparavam a terra para o plantio e construíam canoas, enquanto as mulheres cultivavam as roças, produziam farinha e cuidavam das crianças.
Em busca de índios para escravizar e de ouro, grupos de homens oriundos da Vila de São Paulo de Piratininga (atual São Paulo), conhecidos como “paulistas” ou bandeirantes, começaram a explorar o interior do estado.
Eles atacavam as aldeias indígenas de surpresa ou chamavam os índios para combates nos descampados. Utilizando armas de fogo e contando com o apoio de outros índios aliados, capturaram milhares de Caiapós, forçando os remanescentes a abandonarem a região.
Um desses bandeirantes, Bartolomeu Bueno da Silva, apelidado pelos índios de Anhanguera, que significa “diabo velho”, descobriu pepitas de ouro nas terras dos índios Goiases por volta de 1670, mas faleceu pouco tempo depois.
Seu filho, que carregava o mesmo nome, ficou conhecido como Anhanguera II e redescobriu as minas em 1722. A expedição de Anhanguera II levou apenas 20 dias para percorrer a pé e a cavalo o trajeto de São Paulo até o Rio Grande, demonstrando que o caminho já era bem conhecido, primeiro pelos índios e depois por várias expedições de bandeirantes. Isso sugere que já havia moradores na região muito antes dessa expedição.
Com a redescoberta do ouro em Goiás, o percurso tornou-se mais movimentado e ficou conhecido como “Caminho de Goiás”. Esse trajeto passava pelos atuais municípios de Mogi Mirim, Casa Branca, e próximo de Cajuru e Batatais.
Embora o brasão de armas de Ribeirão Preto contenha a inscrição “Bandeirantium Ager” (terra de bandeirante), nenhum bandeirante chegou a pisar no território que hoje constitui o município.
Fazenda São Sebastião, vista do jardim da casa sede
Data: 1911
Fotógrafo: Antônio Vicente de Ferraz Sampaio
(Revista Brazil Magazine, 1911)
Inauguração da herma do Barão do Rio Branco (localizada na atual Praça Barão do Rio Branco)
Data: 28 de setembro de 1913
Fotógrafo: Aristides Motta
(F109-APHRP)
No início de sua formação, Ribeirão Preto era composta por um conjunto de fazendas situadas próximas à estrada que levava ao Triângulo Mineiro e ao Planalto Goiano, conhecida como “Caminho de Goiás”. A maioria dessas fazendas originou-se do pacífico apossamento de terras, que com o tempo foi legitimado e consolidado por heranças.
A Fazenda Barra do Retiro marcava o centro da área que viria a se tornar o município de Ribeirão Preto. Outras fazendas da região incluíam Palmeiras, Ribeirão Preto ou Pontinha, Retiro, Serrinha, Serra Azul, Tamanduá, Capoeirinha, Figueira, Cravinhos, Cabeceira do Ribeirão Preto, Lageado, Laureano ou Braço Direito do Ribeirão Preto, e Sertãozinho.
Grande parte dessas terras era ocupada pela família Reis de Araújo, que habitava a região desde 1811. Além dos Reis de Araújo, outras famílias vindas do sul de Minas Gerais e de Mogi Guaçu também começaram a se estabelecer na área no início do século XIX, como os Borges da Costa, Alves da Silva, Bezerra Cavalcanti, Nazareth de Azevedo e Soares de Castilho.
A falta de demarcações precisas dos limites das propriedades resultou em diversos conflitos e disputas pela posse das terras. Em 1835, um conflito sério envolveu as famílias Dias Campos e Reis de Araújo, e após anos de discussões, em 1846, chegou-se a um acordo em que os Reis de Araújo pagaram um valor combinado aos Dias Campos, garantindo a posse definitiva das terras à família Reis de Araújo.
Referencias Bibliográficas
FOTOS EXTRAÍDAS DO INCRÍVEL TRABALHO: " HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA - LEVANTAMENTO DOCUMENTAL SOBRE A FOTOGRAFIA EM RIBEIRÃO PRETO (1890-1950)"
Pesquisa e Texto: Tânia Cristina Registro
Colaboração na pesquisa: Mauro da Silva Porto
Revisão Geral: Leila Heck e Elza Luli Miyasaka
Revisão de Texto: Alice Gomes Heck
Disponível em: www.arquivopublico.ribeiraopreto.sp.gov.br
Ribeirão Preto, dezembro de 2006.
Revisado e ampliado em janeiro de 2008.